quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Chaves da Consciência planetária

Partilho com você o fruto de minhas descobertas, após atuar vários anos com muitos grupos no Brasil, em atividades de Formação em Educação para a Sustentabilidade.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Agrotóxicos na alimentação: sinal vermelho

Gilvander Moreira

Li atentamente as 192 páginas do Relatório do Deputado Padre João Carlos (PT/MG), da Subcomissão Especial sobre o Uso dos Agrotóxicos e suas Consequências à Saúde, instalada em maio de 2011 e integrante da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. Fiquei estarrecido. A situação é muito mais grave do que imaginamos.  Epidemias avassaladoras de câncer e tantas outras doenças estão sendo construídas com incentivo/cumplicidade/omissão do Estado (= Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário), protagonismo da classe dominante e omissão/resignação de grande parte da sociedade.
O objetivo geral da referida Subcomissão foi o de “avaliar os processos de controle e usos dos agrotóxicos e suas repercussões na saúde pública.” Brasil, país celeiro do mundo, atualmente ocupa a primeira posição no valor despendido com a aquisição de substâncias agrotóxicas em todo o mundo. O Brasil se tornou a nação que mais consome agrotóxicos no mundo.
Paralelamente ao aumento no consumo, alavancado por uma política econômica estúpida que visa incluir pelo consumo, como se o ser humano fosse só “estômago”, está comprovado pelo Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA -, da ANVISA : a) a presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos acima dos limites máximos “recomendados”, não por quem come, mas pelo deus mercado que só pensa em lucrar, lucrar; b) a presença em muitos alimentos de venenos não permitidos.  Afora isso, nas fiscalizações junto às empresas produtoras de agrotóxicos observa-se, recorrentemente, muitas irregularidades.

Assim, estão sendo contaminados o solo, as águas e o ar, Doenças se multiplicam em progressão geométrica. O envenenamento da comida está sendo perpetrado pelo uso exagerado de agrotóxicos, pelo emprego de venenos não recomendados para determinadas culturas, ou ainda pelo desrespeito ao intervalo de “segurança (?)” (período mínimo entre a última aplicação e a colheita). Apenas no ano de 2010 foram comercializados mais de um milhão de toneladas (= 1 bilhão de quilos) de agrotóxicos em todo o território nacional. Desse total, 750 mil toneladas foram produzidas no País, sendo o restante importado, cerca de 318 mil toneladas.  Esses dados são oficiais. Ao incluir o comércio clandestino de agrotóxico, o contrabandeado, a quantidade deverá ser bem maior. Cada pessoa está ingerindo, em média, 5,2 quilos de agrotóxico por ano. Haja estômago!  O crescimento do consumo de agrotóxicos no mundo aumentou quase 100%, entre os anos de 2000 e 2009. No Brasil, a taxa de crescimento atingiu quase 200%, o que indica que teremos no mínimo o dobro de pessoas doentes em relação à média mundial.
Atualmente existem 2.195 agrotóxicos registrados no Brasil, mas só 900 são comercializados. Ou seja, além dos já comercializados, outros 1.295 tipos de agrotóxicos podem entrar mercado a qualquer hora. Os registros são de titularidade de apenas 136 empresas diferentes, ou seja, poucas grandes empresas auferem muita grana envenenando a alimentação do povo. São cerca de 430 ingredientes ativos registrados. A comercialização desses produtos no país movimentou recursos da ordem de 14,6 bilhões de reais, somente no ano de 2009. Quantas pessoas adoeceram? Quantas morreram? Quanto o povo tem gasto, via SUS, para tentar socorrer as vítimas dos agrotóxicos?

Já existem fortes indícios de que o uso dos agrotóxicos provoca câncer e outras doenças graves. Relatório da ANVISA (2010) informa que foram encontrados 234 ingredientes ativos de agrotóxicos em hortaliças, frutas e leguminosas.  Em “todas” as espécies testadas foram utilizados agrotóxicos não autorizados. No pimentão, por exemplo, no ano de 2009, 64,8% das amostras testadas revelaram a presença de agrotóxicos não autorizados. Atenção: Por “ser agrotóxico autorizado” não garante que não faça mal à saúde. Todo agrotóxico é substância química, é tóxico. No Município de Lucas de Rio Verde, em Mato Grosso, constatou-se a contaminação do leite materno, das águas da chuva, do solo e até do ar. Estima-se que, a cada ano, 25 milhões de trabalhadores são contaminados com agrotóxicos apenas nos países empobrecidos.

O Relatório põe o dedo na ferida: “A incidência de câncer em regiões produtoras de Minas Gerais, que usam intensamente agrotóxicos em patamares bem acima das médias nacional e mundial, sugere uma relação estreita entre essa moléstia e a presença de agrotóxico. Neste estado, na cidade de Unaí, está sendo construído um Hospital do Câncer, em virtude da grande ocorrência desta doença na região. Segundo os dados apresentados na Ausculta Pública que realizamos nesse município, já estão ocorrendo cerca de 1.260 casos/ano/100.000 pessoas. A média mundial não ultrapassa 400 casos/ano/100.000 pessoas.” Ou seja, se não houver uma redução drástica no uso de agrotóxico, daqui a 10 anos, poderá ter na cidade de Unaí, mais de 12.600 pessoas com câncer, sem contar o grande número de pessoas que já contraíram câncer. Onde já se viu uma cidade com apenas 100 mil habitantes ter Hospital do Câncer? Eis um sinal dos tempos e do lugar! Feliz quem entender a gravidade desse sinal vermelho.
Várias leis já foram criadas para tratar dos agrotóxicos: Lei nº 7.802/1989, Lei nº 9.974/2000, Lei nº 11.657/2008, institui o dia 18 de agosto como o Dia Nacional do Campo Limpo; Lei nº 6.938/81, referente a Política Nacional de Meio Ambiente e a Lei nº 12.305/10, referente a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Essas leis são dribladas o tempo todo, além de serem “generosas” com a indústria dos agrotóxicos, o que fere mortalmente dignidade humana e toda a biodiversidade.

Padre João Carlos afirma no Relatório: “O uso de agrotóxicos representa uma série de riscos à pessoa humana, à saúde humana, ao meio ambiente, fato que já é de conhecimento geral. Quando o uso é indiscriminado, tais riscos são muito mais elevados e não podem ser relegados, nem pela sociedade, muito menos pelo Poder Público, em especial pelos órgãos responsáveis pelo controle e fiscalização de tais produtos.” A aplicação de agrotóxicos contamina os trabalhadores, as populações que residem nas áreas periféricas às lavouras, os alimentos, os cursos d’água, enfim todo o ambiente. O sinal vermelho do agrotóxico acendeu-se. Feliz quem abraçar pra valer a luta pela construção de reforma agrária com agricultura familiar segundo o paradigma da agroecologia, caminho para produção de alimentos saudáveis e vida em plenitude.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Aquíferos do mundo não suprem a demanda

Uma em cada quatro pessoas na Terra depende da água extraída dos aquíferos subterrâneos para sobreviver. O problema é que, para continuar suportando a exploração humana, essas reservas de água deveriam ser três vezes maiores, segundo um estudo publicado na revista Nature. Os aquíferos fornecem metade da água que se bebe no mundo.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores adaptaram o conceito de pegada ecológica para os aquíferos e criaram o groundwater footprint (pegada da água subterrânea). O mapa exemplifica a ideia, comparando a área atual dos aquíferos com a que eles deveriam ter para suportar a exploração humana. Apesar da pegada global ser de 3,5 vezes (ou seja, precisaríamos de quase quatro vezes mais reservas para manter o consumo atual), apenas 20% das reservas mundiais são superexploradas.
A imagem demonstra que as áreas mais ameaçadas estão na América do Norte, Oriente Médio e Índia. A ameaça se deve, principalmente, à irrigação. Para se ter ideia, somente no Oriente Médio o volume de água utilizado em irrigação no deserto quase triplicou, arriscando assim o esgotamento dos aquíferos da região em menos de 50 anos. Dessa, o Brasil se salvou por enquanto. O estudo não mostra exploração excessiva no subsolo do país.
Fonte: Portal ADITAL.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cântico da fraternidade cósmica de Francisco de Assis

Frei Fabiano Satler, Irmão franciscano
Francisco de Assis era o chefe de um grupo de jovens e barulhentos trovadores da sua cidade natal. O ambiente do século em que ele viveu era marcado pela poesia e pela música da cavalaria, que, mais tarde, resultarão na lenda do Rei Artur e seus cavaleiros. Esse espírito cavalheiresco e de trovador não foi abandonado por Francisco após a sua conversão. Pelas ruas de Assis e dos burgos da região, ele, juntamente com seus companheiros, cantava louvores a Deus, chamando os seus ouvintes à conversão. O Cântico do Irmão Sol carrega esse espírito trovador de Francisco. Entretanto, para conhecermos em profundidade o espírito presente nos versos desse cântico, é importante saber o contexto em que ele foi gestado.
O Cântico do Sol é um cântico à luz. Mas esse cântico jorrou da noite mais escura e profunda. O período em que o Cântico do Irmão Sol começou a ser redigido foi um tempo particularmente difícil para Francisco. Dois anos antes de sua morte, após receber os estigmas do crucificado no monte Alverne, Francisco fez-se transportar até São Damião, local de moradia de Clara e suas irmãs. A própria Clara preparou-lhe uma palhoça com caniços e ramagem para protegê-lo da luz do dia. Uma doença dos olhos contraída durante sua estadia no oriente já o havia feito perder praticamente toda a visão. Nessa palhoça, Francisco passou mais de cinqüenta dias sem poder suportar a luz do sol ou do fogo à noite, com muito sofrimento causado pela sua doença (..)
Foi nesse ambiente que Francisco começou a compor o seu Cântico do Irmão Sol, depois de receber a certeza de que participaria do reino celeste. Compôs os versos e a melodia para os mesmos, que ensinou aos seus irmãos. Instruiu esses mesmos irmãos a cantarem o cântico quando fossem pelo mundo e que o cantassem depois das pregações. Dizia que “Ao nascer do sol, deviam todos louvar a Deus por ter criado este astro, que durante o dia fornece luz aos nossos olhos; assim também, quando anoitece, todos deviam louvar a Deus por essa criatura, o nosso irmão fogo, que nos alumia os nossos olhos. Por isso nós devíamos, por estas e pelas outras criaturas que usamos todos os dias, louvar sempre o seu glorioso Criador”. Nos momentos em que estava mais atormentado pelas suas enfermidades, ele começava a entoar o cântico e pedia aos irmãos que prosseguissem. E assim foi até a hora da sua morte

Essa capacidade de louvar o sol, a luz e as demais criaturas, mesmo sem poder contemplá-las, resulta da pacificação que foi sendo operada na vida de Francisco desde a sua conversão. Francisco é uma pessoa reconciliada com a sua própria humanidade, com os seus limites, com os seus medos. E porque há essa reconciliação interior, todas as demais criaturas são vistas como irmãs, fráteres, sorelas. Por isso Francisco pode cantar: amo irmã Clara, amo o irmão sol, amo o irmão fogo, amo o irmão verme. E foi dessa fraternidade ecológica que nasceu um dos mais belos escritos místico-ecológico do ocidente: o Cântico do Irmão Sol.
“Altíssimo, onipotente e bom Senhor, vossos são o louvor, a glória, a honra e toda bênção”. Assim Francisco inicia seu Cântico do Irmão Sol, afirmando já no início o sentido e a fonte de todo o louvor que se seguirá. Somente Deus é digno de ser louvado. Reaparece aqui mais uma vez a reação de Francisco contra o desejo latente que existe no ser humano de apropriação. Nada nos pertence e tudo pertence a Deus e somente a ele é devido o louvor. Na raiz da violência contra a vida de todas as criaturas está esse desejo que faz com que o ser humano disponha das demais vidas humanas e sacrifique o planeta de forma inconseqüente com as gerações que nos sucederão. Mas, Francisco dá-se conta de que nem mesmo é possível louvar a Deus, pois “homem algum é digno de vos mencionar”. É então que ele se volta para toda a criação, espelho da bondade desse mesmo Deus. Há, primeiramente, um movimento em direção ao alto, que parece arrancar o homem da terra, distanciando-o das demais realidades terrenas. Mas, esse movimento de ascensão tomará, ao longo das demais estrofes, a direção horizontal da fraternidade com as criaturas.
Três pares aparecerão dispostos lado a lado ao longo do cântico: o sol e a lua, o vento e a água, o fogo e a terra. Há aqui um sentido de totalidade, sinal da integração daquela ecologia interior já referida anteriormente: três pares de elementos, entre os quais figuram os quatro elementos tidos como essenciais pela filosofia e mentalidade de então (ar, água, fogo e terra). As criaturas, transformadas em freis e irmãs – integração do masculino e do feminino, – são convidadas a louvar a Deus, de quem procede todo o bem.

A pessoa de Jesus aparece de forma implícita no cântico através de três elementos: do sol, figura de raízes bíblicas para indicar o messias esperado; através das trinta e três linhas do cântico original, referência à idade de Cristo no momento de sua morte; e através do confronto das primeiras com as últimas palavras do cântico: Jesus é o altíssimo que se fez humilde, é o onipotente que se fez servo de todos.
É importante notar que Francisco sabe reconhecer a utilidade de todas as criaturas, mas essa utilidade assume um caráter bem diferente do utilitarismo moderno que depreda a natureza em função de um suposto bem estar da humanidade. O sol é útil porque clareia o dia e nos ilumina; a água é útil e preciosa porque sacia a sede do homem e da terra, que por sua vez produz frutos, ervas e flores para os animais e para o ser humano; a lua e as estrelas no céu despertam no humano o sentimento do belo, da poesia.

O cântico prossegue convocando o homem e a mulher a louvarem a Deus através da reconciliação e da paz, que constituem o verdadeiro louvor para Francisco. Essa penúltima estrofe não fazia parte do cântico original. Foi acrescentada por Francisco em julho de 1226 para buscar a reconciliação entre o bispo e o podestá (o prefeito) de Assis. O bispo havia excomungado o podestá, que por sua vez, decretou que nenhum cidadão de Assis podia ter com ele qualquer relação comercial ou legal. Francisco pediu que ambos se reunissem no palácio do bispo e, quando lá se encontravam, dois frades levantaram-se e cantaram o cântico como Francisco lhes havia ordenado. Foi o suficiente ambos se reconciliarem e evitar uma guerra civil na cidade.

Como os demais elementos do cântico, o humano aparece em par com um segundo elemento. Reconciliado com todas as criaturas e com o seu semelhante, resta a Francisco e à humanidade a reconciliação definitiva com a morte, companheira inseparável do ser humano e de toda forma de vida. Este último verso do cântico foi composto no princípio de Outubro de 1226, poucos dias antes de sua própria morte. Quando sentiu-a próxima, pediu que o despissem e o colocassem nu sobre a terra que ele havia cantado como irmã e mãe. Nu sobre a terra, Francisco manifestou a radical condição humana face ao Absoluto, diante do qual nos apresentamos despidos de nossas máscaras, revestidos apenas com nossa pobreza. Mas esse gesto possui também um outro significado não menos importante: a reconciliação e o retorno do humano ao útero materno da terra, de Gaia.

E assim, cantando, Francisco morreu. Deixou-nos na saudade e na orfandade. Mas também herdeiros de uma riqueza místico-ecológica que pode ajudar a humanidade a sair do caminho da autodestruição em que tem enveredado.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mais um megaprojeto contra a Amazônia: São Luiz do Tapajós

São Luiz do Tapajós: os movimentos que lutam por uma nova política energética e pelas causas ambientais no Brasil precisam ficar atentos a este nome. É como está sendo chamada a possível usina hidrelétrica a ser instalada no Pará, em meio a um santuário amazônico, até agora intocado. Projetada para produzir 6 mil megawats (um quarto de Itaipu), a usina é peça importante do projeto estratégico da Eletrobrás – que quer explorar intensamente, nas próximas décadas, o potencial energético da Região Norte.

Uma rica reportagem de André Borges, publicada no Valor de 25/7, ajuda a compreender as dimensões e riscos de São Luiz do Tapajós. A usina chama atenção pelo ponto em que poderá ser construída: numa área cerca de 700 quilômetros a oeste de Belém e em meio a doze unidades de conservação que formam o Complexo do Tapajós, considerado por alguns o maior mosaico de biodiversidade do planeta.
Ao contrário da área semiocupada em que será erguida a barragem de Belo Monte, o ponto onde se quer instalar São Luiz do Tapajós é virgem. Não há assentamento humano. A cidade mais próxima é Itaituba (110 mil habitantes), 70 quilômetros rio abaixo. Mas a inundação será maior. Em Belo Monte, devido às pressões sociais e a mudanças na tecnologia de geração hidrelétrica, o lago projetado terá 516 km². Gerará 11 mil Mw (embora não possa funcionar com tal potência durante todo o ano). Já o novo projeto ocupará uma área com o dobro do tamanho (1368 km², quase tanto quando o município de São Paulo) e gerará pouco mais de metade da energia.

A decisão de construir não está 100% tomada. Para viabilizar o projeto, a presidente Dilma deu um primeiro passo. Baixou, em janeiro, Medida Provisória (já transformada em lei) reduzindo a área de oito das doze unidades de preservação que formam o Complexo do Tapajós. O processo é chamado, no jargão técnico, de “desafetação”. Houve compensações apenas parciais: as unidades ganharam novos territórios – porém, sem a mesma biodiversidade, segundo biólogos ouvidos por André Borges. Ainda não há licenciamento ambiental para São Luiz do Tapajós, o que pode favorecer a luta em defesa da floresta.
No Complexo de Tapajós já foram catalogadas 390 espécies de aves e 400 de peixes. Vivem animais em extinção, como a onça-pintada e onça-vermelha. Maria Lúcia Carvalho, chefe do Parque Nacional da Amazônia (uma das doze unidades) e pesquisadora do Instituto Chico Mendes, afirma que a construção da hidrelétrica traria grandes riscos para os ecossistemas. Também lamenta o caráter abrupto da decisão de iniciar o levantamento: “Estávamos trabalhando a mil por hora no plano de manejo do parque. De repente, fomos avisados de que parte dele simplesmente iria ser desafetada [desprotegida]. Recebemos este banho de água gelada, o trabalho foi perdido”. Em 30/7, André Borges informou que, além da diretora, um grupo de técnicos prepara manifesto contra a desafetação.

Fonte: Antonio Martins, no sites Outras Palavras e Ecodebate