quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Oração pela nossa Terra

Deus Onipotente,
que estás presente em todo o universo
e na mais pequenina das tuas criaturas,
Tu que envolves com a tua ternura
tudo o que existe,
derrama em nós a força do teu amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inunda-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.

Ó Deus dos pobres,
ajuda-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos teus olhos.
Cura a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.

Toca os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensina-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a tua luz infinita.

Obrigado porque estás conosco todos os dias.
Sustenta-nos na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz.


(Papa Francisco, Laudato Si 246)

Ações coletivas a partir da Laudato Si

O Papa Francisco pede que, ao mesmo tempo, mudemos nossas atitudes pessoais e realizemos ações coletivas de cuidado com a nossa casa comum. Essas são empreendidas com a finalidade de efetivamente contribuir para a melhoria da qualidade da vida das pessoas, proteger o meio ambiente, favorecer a inclusão social dos pobres, exercitar a cidadania e cultivar a espiritualidade ecológica.
Então, o estudo da Laudato Si desemboca necessariamente em atitudes e ações práticas, realizadas em âmbito individual e coletivo. Quando já existem iniciativas da sociedade civil, devemos nos unir a elas, ou realizar um trabalho de parceria. Se não há nada parecido no nosso bairro ou cidade, é hora de começar. Vamos lá!!!

Ações coletivas
Na LS 219, Francisco diz como clareza: para resolver a grave situação socioambiental do planeta, que é tão complexa, não basta que cada um seja melhor. São necessárias redes comunitárias, união de força! Por isso, vamos sugerir algumas ações possíveis, que você pode realizar com outras pessoas e grupos.
O Texto abaixo reproduz e atualiza parte do capítulo 16, “Laudato Si – Pistas pastorais para conhecer e colocar em prática”, do livro Cuidar da Casa Comum. Chaves de leitura teológicas e pastorais da Laudato Si’. Paulinas, 2016.
Existem no mínimo dois tipos de ações comunitárias: campanhas e processos. As campanhas visam desinstalar as pessoas e mobilizá-las para mudar de atitudes e empreender ações de impacto, durante um tempo fixado. Já os processos são duradouros. E devem ser avaliados a cada ano, para melhorar ou modificar. Uma campanha pode desembocar num processo. Depende da existência ou não de pessoas na comunidade que assumam a responsabilidade.
Tanto as campanhas como os processos devem ser bem preparados, com uma comunicação eficiente, utilizando meios interpessoais e virtuais. Não basta que a proposta seja boa. Ela deve começar bem, para ter futuro. Chegar até as pessoas, onde elas estão. É necessário unir várias formas e canais de comunicação.
Algumas destas iniciativas somente serão duradouras se contarem com a ajuda de voluntários, ambientalistas e pessoas que tragam sua experiência e contribuição técnica. Em outros casos, com o apoio das associações locais e outras igrejas cristãs. Algumas atividades complexas exigem a parceria com o poder público, especialmente a prefeitura. Evite-se a submissão destas iniciativas ao apoio interesseiro de vereadores ou deputados.
Antes da reunião, vocês devem estudar as propostas viáveis, pesquisar na internet e prever os passos necessários. Discernir sobre a viabilidade, os riscos e os eventuais custos de cada iniciativa. E estar aberto(a) às propostas que venham do grupo. Seguem abaixo algumas sugestões. Você encontrará vários vídeos com experiências detalhadas na internet, que podem lhes servir de inspiração.

Sugestão de ações concretas
a) Eventos e campanhas
- Feira de trocas: podem ser realizadas com as mais diversas faixas etárias. A finalidade é refletir sobre a maneira como compramos, usamos e descartamos os objetos. Na feira de trocas, cada um(a) traz alguns objetos pessoais em bom estado, que ele/a não usa mais, para trocar com outra pessoa. Descobre-se o valor de uso dos objetos e exercita-se o desapego. Veja algumas experiências na internet (busque: “feira de troca”).
- Mutirão de limpeza: mobiliza membros da comunidade para limpar um espaço de uso público, como um parque, uma praça, a praia ou a beira do rio. Alerta as pessoas sobre a necessidade de cuidar dos espaços comuns.
- Caminhada ecológica: serve para muitas finalidades. Algumas vezes, destina-se a tomar consciência do próprio corpo, fortalecer os laços interpessoais, e encantar-se com as belezas da Terra (as árvores, as águas, o ar, os pássaros, as flores). Noutras ocasiões, tem um caráter profético, de denúncia diante da destruição dos ecossistemas. Em outros momentos, enfatiza a dimensão celebrativa, de louvor com a criação. Ou pode conter simultaneamente todos estes elementos.
- Feira de produtos orgânicos e da economia solidária: pode acontecer algumas vezes no ano, ou ser um processo. As feiras fortalecem a cadeia produtiva com alimentos saudáveis, estimulam as iniciativas de economia solidária, conscientizam sobre o valor da alimentação sem agrotóxicos e estimulam a inclusão social. Devem ser realizadas em parceria com produtores de alimentos orgânicos, de agricultura familiar ou outras iniciativas de economia solidária. Para saber mais, procure na internet: “economia solidária”. Para ver notícias e experiências: http://cirandas.net/
- Passeio ciclístico: visa despertar para o uso da bicicleta com meio de transporte ou diversão. Chama a atenção para o importante tema da mobilidade urbana.
- Romaria da terra e das águas: organizada pelas pastorais sociais, constitui importante momento para denunciar o mau uso do solo e a degradação dos nossos rios, fortalecer as lutas socioambientais e louvar a Deus com a água e o solo.
- Campanha de plantio de mudas: em parceria com outras organizações, mobiliza membros da comunidade para plantarem e cuidarem de árvores frutíferas ou do bioma onde você vive (como a amazônia, mata atlântica, cerrado ou semi-árido). É bom contar com a ajuda de técnicos que ensinam como plantar e cuidar das árvores, bem como escolher as mais adequadas para sua região.
- Campanha de resgate de nascentes: mais apropriada para áreas rurais (embora também seja útil na cidade), consiste em localizar nascentes e zelar do seu entorno.
- Campanha de coleta de água de chuva: a experiência bem sucedida de construção de cisternas caseiras em comunidades rurais no semiárido do Brasil, com apoio da Caritas, agora se estendeu para as cidades e outras regiões, para ajudar a superar a crise de abastecimento da água.
- Campanha da compostagem e de jardim/horta caseira: com informações claras, estimula a produção de adubo orgânico em pequena escala e um espaço para cultivo de plantas. Busque mais informações e experiências na internet.
- Campanha de redução do consumo de água e energia: já há muitas iniciativas, com apoio das concessionárias. Devemos ajudar as famílias a fazer um diagnóstico, para perceber onde e como há maior impacto ambiental na sua casa. E então adotar atitudes sustentáveis.

b) Processos
- Coleta de óleo de cozinha: organiza-se um local para recolher o óleo de fritura utilizado nas casas ou organizações. E se escolhe uma organização que recolhe e recicla o material coletado. Além de reduzir a poluição das águas, o resto óleo de fritura serve de matéria prima para fabricar sabão e detergente.
- Apoio às cooperativas de coletores de material reciclado: a comunidade, ou um condomínio, monta um sistema de separar e destinar o chamado “lixo seco”, para reduzir a quantidade de resíduos e fortalecer empreendimentos populares de “catadores”. Convém escolher qual material recolher (por exemplo: latinha, garrafas pet e papel branco limpo). Esta iniciativa tem ajudado na promoção social de muitas famílias pobres, além de reduzir o volume dos aterros sanitários da cidade.
- Horta urbana coletiva: iniciativa crescente em várias partes do mundo, consiste em aproveitar espaços urbanos para plantio de hortaliças, realizado por um grupo. Ver na internet: “horta urbana”.

c) Pressão sobre o poder público
Algumas mudanças duradouras exigem o compromisso do governo municipal, através de leis, organismos, empreendimentos e políticas públicas. Para isso, é necessário criar grupos de cidadãos que farão um longo trabalho de conscientização, reivindicação e pressão sob o poder público. A palavra oficial da Igreja, através de pastorais organizadas, paróquias e dioceses, tem grande valor para fortalecer estas iniciativas.
Veja algumas mudanças importantes para a cidade: implantação de aterro sanitário; apoio logístico aos coletores de material reciclável, estação de tratamento de esgoto (ETE), criação de ciclovias, criação e manutenção de parques públicos e áreas de conservação, política de mobilidade urbana, controle da poluição do ar, controle da qualidade dos alimentos.

d) Gestos institucionais da igreja
O Papa Francisco está ensinando ao mundo que os gestos valem mais do que as palavras. E as palavras se tornam dignas de credibilidade quando acompanhadas por atitudes. Veja alguns gestos institucionais que podem ser assumidos pela Igreja local.
- Incorporar o olhar da sustentabilidade em qualquer atividade promovida pela Igreja, (como eventos, festas, celebrações) com gestos simples e visíveis. Por exemplo: reduzir a geração de lixo (resíduos sólidos), separar e destinar o resíduo reclicável para cooperativas de coletores, diminuir a distribuição inútil de papel, adotar papel misto e reciclado nas publicações.
- Rever a política de construção e reforma dos prédios, de forma assumir as conquistas do “ecodesign” (configuração ecológica) e da construção sustentável. Por exemplo: construir de acordo com o clima da região, para favoreça ventilação e iluminação naturais, usar material que economize eletricidade e água, captar e utilizar água da chuva dos imensos telhados das igrejas.
- Promover o plantio de árvores da região em Casas de Encontros e de Retiros.
- Em encontros e retiros, utilizar o ambiente externo, de forma que os participantes rezem em sintonia com o solo, o ar, as árvores, os pássaros. Vivam momentos gratuitos em contato com a paisagem; vejam as estrelas; sintam a energia do sol da manhã. E cultivem a perspectiva cristã da gratidão, do louvor e do cuidado.

Compartilhe conosco a(s) iniciativa(s) comunitária(s) que você empreendeu com sua comunidade ou instituição cristã, a partir da Laudato Si. Envie um texto para nós, com uma foto significativa. Ou mesmo um breve vídeo (máximo 5 minutos), narrando a experiência. Postaremos algumas delas neste blog. Enviar para: murad4@hotmail.com

Vamos juntos cuidar da Nossa Casa Comum!

Ir. Afonso Murad 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Edgar Morin: Laudato Si aponta para uma nova civilização

Entrevista a Edgar Morin, com A. Peillon e I. Gaulmyn, publicada por La Croix e reproduzida por Avvenire, 10/09/2015. Tradução de IHU On-Line.

Você definiu como providencial a encíclica Laudato Si'. O que entende por isso?
Estamos numa era do pensamento fragmentado onde os assim denominados partidos ambientalistas não compreendem a amplidão e a complexidade do problema, perdendo de vista a pertinência daquilo que o Papa Francisco chama "a casa comum", uma expressão já empregada por Gorbachov. Sempre fui movido por esta mesma exigência de um olhar complexo, global, ou seja, da necessidade de tratar as relações entre as diferentes partes. No 'deserto' atual, portanto, aparece este texto que me parece bem pensado e que responde à esta complexidade.
Francisco define "a ecologia integral", que não é, de fato, aquela ecologia 'profunda' que pretende nos converter ao culto da Terra, subordinando todo o resto. Ele mostra que a ecologia diz respeito às nossas vidas em profundidade, à nossa civilização, aos nossos modos de agir, às nossas reflexões. Mais profundamente, critica um paradigma "tecno-econômico", este modo de pensar que preside todos os nossos discursos, tornando-os obrigatoriamente fieis aos postulados técnicos e econômicos para resolver qualquer problema. Este texto assinala uma tomada de consciência, um incitamento a repensar a nossa sociedade e o nosso agir. É, portanto, providencial,  no sentido que é um texto imprevisto que indica o caminho.

O texto tem uma prospectiva humanística da ecologia?
Sim, já que usando a noção de ecologia integral, convida a tomar em consideração todas as lições desta crise ecológica. Mas, primeiramente, precisemos a noção de humanismo, que tem um sentido duplo, como Francisco, por sua vez, afirma no seu discurso, criticando uma determinada forma de antropocentrismo. Existe um humanismo antropocentrista, que coloca o homem como centro do universo, que considera o homem como o único sujeito do universo. Enfim, onde o homem toma o lugar de Deus. Não sou crente, mas penso que este papel divino que o homem se atribui é absolutamente insensato. E uma vez que assumimos este princípio antropocentrista, a missão do homem, muito claramente formulada por Descartes, é de conquistar e dominar a natureza. O mundo da natureza tornou-se um mundo de objetos. O verdadeiro humanismo consiste, ao contrário, em reconhecer em cada ser vivente um  ser semelhante e diferente de mim.

Você compartilha a invocação de Francisco de Assis, retomada pelo Papa, que fala do irmão Sol, que implica numa forma de fraternidade com aquilo que os cristãos denominam de o Criado?
O Papa teve a sorte de encontrar, no cristianismo, São Francisco de Assis. Sabemos hoje que possuímos células que se multiplicaram desde a origem da vida e de que somos compostos, como qualquer ser vivente. Se percorremos a história do Universo, nos damos conta que carregamos conosco todo o cosmos e de uma maneira singular.
Existe uma solidariedade profunda na natureza, ainda que sejamos diferentes, por causa da consciência, da cultura. Mas mesmo sendo diferentes, todos somos filhos do Sol. O verdadeiro problema não consiste em nos reduzirmos ao estado da natureza, mas de não nos separarmos do estado natural.
O Santo Padre pode encontrar na Bíblia um certo número de pontos que justificam esta compreensão. Pessoalmente, acredito que a Bíblia narra uma criação do homem totalmente separada daquela dos animais e que começou a suscitar este pensamento antropocentrista. A mensagem de Paulo prolonga esta compreensão, separando o destino humano depois da morte dos outros seres vivos. Parece-me que esta concepção separa a civilização judaico-cristã das outras grandes civilizações.

Mas a propósito, na encíclica Laudato Si', o Papa dá uma interpretação oposta do Gênesis...
É verdade, podem ser formuladas interpretações cosmogônicas do Gênesis, sobretudo porque Elohim, o termo do Gênesis que denomina Deus, é um plural singular ao mesmo tempo uno e múltiplo. Aí podemos ver uma espécie de turbina criadora. Também é verdade que no Gênesis se lê que no princípio Elohim separou o céu e a terra. Trata-se de uma ideia interessante, já que para se ter um universo é preciso uma separação, entre os tempos (passado, presente, futuro) e o espaço (aqui e ali). Mas tenho pessoalmente uma concepção que herdei de Spinoza, baseada na capacidade criadora da natureza. Creio que a criatividade não nasça de um criador inicial, mas de um evento inicial.

Você conhece bem a América do Sul. A reflexão de Francisco está muito ligada à cultura argentina?
Sim, concordo. O que sempre me impressionou é perceber na América Latina uma vitalidade, uma capacidade de iniciativa que nós não temos. Por exemplo, encontro na encíclica este sentido da pobreza tão forte neste continente. Na Europa, esquecemos totalmente os pobres, marginalizando-os. Mas na encíclica, o conceito de pobreza é vivo, como nas manifestações do Movimento dos Agricultores sem Terra, no Brasil.
E seguramente a Argentina, que conheceu tantas provas, que teve que cancelar a própria dívida declarando a bancarrota, é um País com uma vitalidade democrática extraordinária. Não acho que é um milagre, mas era preciso que um Papa viesse de lá, com esta experiência humana. É um Papa encharcado da cultura andina que opõe ao 'bem-estar' exclusivamente materialístico europeu o estar bem (o buen vivir) que representa uma plenitude pessoal e comunitária autêntica. A mensagem pontifícia é um convite à mudança, à uma nova civilização e eu acho isto muito tocante. Esta mensagem é, talvez, o primeiro artigo de um apelo para uma nova civilização.

Para além desta encíclica, como você percebe a contribuição das religiões para a nossa sociedade?
Todos os esforços para erradicar as religiões faliram completamente. As religiões são realidades antropológicas. O cristianismo conheceu uma contradição entre alguns dos seus desenvolvimentos históricos e a sua mensagem inicial, evangélica, que é o amor dos homens. Mas quando a Igreja perdeu o seu monopólio político, uma parte reencontrou a sua fonte evangélica.
A última encíclica é integralmente um retorno às origens evangélicas. Os cristãos, quando são animados pela fonte da sua fé, são tipicamente pessoas de boa vontade, que pensam no bem comum. A fé pode ser uma armadura contra a corrupção dos políticos e administradores.
A fé pode dar coragem. Se numa era virulenta como a nossa, as religiões voltarão à sua mensagem inicial, particularmente o Islã, já que Alá é o Clemente e o Misericordioso, elas poderão se compreender. Hoje, para salvar o nosso planeta verdadeiramente ameaçado, a contribuição das religiões não é supérfluo. Esta encíclica é uma demonstração evidente disto.

Oremos pela Terra (Padre Zezinho)

Bilhões de anos ela tem
Está cansada a velha mãe
Trilhões de vida já nos deu
Trilhões de filhos já gerou
Bilhões de homens e mulheres
O seu seio alimentou
Fez tanto e tanto e tanto bem
E agora chora a velha mãe
Que tantas vidas já criou
A ingratidão a derrotou
Pra ficar rico e ter dinheiro
O ser humano a espoliou

Pois de tanto se doar
Sem receber cuidados
Foi tanto o que sugaram
Que ela enfraqueceu
A Terra está morrendo lentamente
O mundo enlouqueceu

Desmataram seu verde, sujaram seus rios
Mancharam seus mares, tiraram-lhe o ar
Explodiram seus ventres
Queimaram com fogo seu rosto bonito
Sem pestanejar
A Terra está morrendo lentamente...
Oremos pela Terra!

Link: http://www.vagalume.com.br/padre-zezinho/oremos-pela-terra.html#ixzz3x9DnSa00

Cantico das Criaturas

Onipotente e bom Senhor
A ti a honra, glória e louvor!
Todas as bênçãos de ti nos vêm
E todo o povo te diz: amém!

Louvado sejas nas criaturas/  Primeiro o sol, lá nas alturas
Clareia o dia, grande esplendor/  Radiante imagem de ti, Senhor
Louvado sejas pela irmã lua/  No céu criaste, é obra tua
Pelas estrelas, claras e belas/  Tu és a fonte do brilho delas

Louvado sejas pelo irmão vento/  E pelas nuvens, o ar e o tempo
E pela chuva que cai no chão/  Nos dá sustento, Deus da criação
Louvado sejas, meu bom Senhor/  Pela irmã água e seu valor
Preciosa e casta, humilde e boa/  Se corre, um canto a ti entoa

Louvado sejas, ó, meu Senhor/  pelo irmão fogo e seu calor
Clareia a noite robusto e forte/  Belo e alegre, bendita sorte
Sejas louvado pela irmã terra/  Mãe que sustenta e nos governa
Todos os frutos, nos dá o pão/  Com flores e ervas sorri o chão

Louvado sejas, meu bom Senhor/  Pelas pessoas que em teu amor
Perdoam e sofrem tribulação/  Felicidade em ti encontrarão
Louvado sejas pela irmã morte/  Que vem a todos, ao fraco e ao forte
Feliz aquele que te amar/  A morte eterna não o matará
Bem aventurado quem guarda a paz/  Pois o altíssimo o satisfaz

Vamos louvar e agradecer/  Com humildade ao Senhor bendizer

(Versão de Zé Vicente)
Para ouvir a melodia: