segunda-feira, 29 de março de 2010

Diretor de "Avatar" pede que Brasil desista de hidrelétrica

No último dia do Fórum Internacional de Sustentabilidade, realizado em Manaus, o diretor do premiado filme "Avatar", James Cameron, "implorou" ao presidente Lula que reconsidere a intenção de construir a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. O cineasta comparou a luta dos índios caiapós e ribeirinhos, que se opõem à usina, à dos Na'vi, povo criado por ele no filme e que vive na floresta de Pandora.
"Belo Monte ameaça destruir grandes territórios e a barragem será a terceira do mundo. Foi aprovada recentemente pelo governo brasileiro e vai mudar a direção do rio Xingu, afetar as populações e os caiapós, que lutaram muito para defender seus direitos à propriedade", disse Cameron."O que temos aqui são povos ameaçados, como os Na'vi. Mas eles não têm pessoas aladas, como no filme."
Em estudo da ONG ambientalista WWF, disse ele, ficou demonstrado que, se o Brasil for investir em eficiência de energia, poderia gerar 14 vezes mais energia.
"Eu imploro que o governo Lula reconsidere esse projeto e depois, eu imploro para ele se envolver em grupos que estão lutando por causas ambientais e direitos indígenas", disse.
O governo brasileiro já anunciou que o leilão da hidrelétrica de Belo Monte será em abril.
James Cameron disse que tomou conhecimento dos impactos ambientais que vão ocorrer com a construção de Belo Monte pela ONG Amazon Watch, que trabalha com indígenas.
Após finalizar a conferência, Cameron foi homenageado por índios das etnias saterê, dessana e ticuna, entre eles, Jecinaldo Barbosa, que estava com o rosto pintado de urucum e usava um cocar. O cineasta chegou a chorar por isso. Barbosa, porém, não vive mais na floresta. É secretário de Política Indígena do AM e candidato a deputado estadual pelo PMN -na vida cotidiana, veste-se de calça jeans e camiseta.

Fonte: Folha de São Paulo, 28/03/2010.

Um comentário:

  1. ORAÇÃO DA NATUREZA

    Durante um passeio de carro, num dia em que o céu forrado de nuvens, oferecia a obscuridade e uma tendência à melancolia se fazia presente a muitas almas, começou uma forte garoa.
    Observando a visão paisagística que me era apresentada ao longo da estrada, fui arrebatada a um plano magnífico do AMOR DE DEUS, onde me fez entender a oração da natureza.
    Algumas árvores, embora de grande porte e aparente imponência, pareciam tentar alcançar o infinito com seus galhos bem elevados. Talvez louvando e agradecendo, talvez implorando piedade.
    Outras de porte menor, encurvando seus ramos frágeis e, ainda algumas, suas longas folhas, numa maneira de reverenciar o CRIADOR pelo carinho que lhes era dedicado em forma de gotículas abundantes.
    A vegetação rasteira não fugiu à sensibilidade, da qual meu olhar interior se apossou com o consentimento do SENHOR. A intensidade de sua coloração ganhou vigor e, ainda que mostrasse muitos tons do mesmo verde, com certeza, indicava a intenção de oferecer a alegria de representar a esperança da sobrevivência, em meio à ameaça de ter o homem, com sua ganância, completamente despreocupado em preservá-la.

    por “maria”

    ResponderExcluir

Coloque aqui seu comentário