No documento, De Boer afirma que há algum tempo tinha a intenção de se desvincular da ONU, mas confessa que a vontade se acentuou após a COP15, em que atuou como principal articulador das negociações entre os líderes mundiais.
Isso porque, após a Conferência, ele teria recebido inúmeras críticas da ONU, culpando-o pelo fracasso do encontro. A resposta às críticas foi dada: na carta, após pedir demissão, De Boer afirma que, apesar da COP15 não ter definido um acordo legalmente vinculante, ele não considera que a Conferência tenha sido um fracasso.
“Copenhague deixou claro o comprometimento político e o senso de direção rumo a um mundo de baixas emissões. Isso é irresistível e pede novas parcerias com o setor de negócios. É o que eu vou fazer a partir de agora”, declarou o holandês, que a partir do dia 1º de julho deixará o cargo da ONU para se dedicar às questões climáticas no mundo acadêmico e no grupo privado de consultoria KPMG.
Enquanto isso, outro órgão da ONU, o IPCC – Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, também está enfrentando problemas. Coordenado por Rajendra Pachauri, o órgão foi alvo de uma série de acusações que colocaram sua veracidade científica em xeque e provocaram a indignação dos próprios cientistas do IPCC, que estão pedindo a renúncia de Pachauri. (Saiba mais em Fragilidade na ONU: Rajendra Pachauri por um fio)
Que crise, não?!
Fonte: Planeta Sustentável
Foto de Creative Commoms/Simon Wedege
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