Este é apenas um nome que
encobre práticas de devastação de florestas no mundo inteiro e no Brasil,
envenenamento dos solos, poluição crescente da atmosfera, diminuição drástica
da biodiversidade, aumento acelerado da desertificação e, o que é mais
dramático, a escassez progressiva de água potável que atualmente já tem produzido 60 milhões de
exilados. Aquecimento global significa
ainda a ocorrência cada vez mais frequente de eventos extremos, que estamos
assistindo no mundo inteiro e mesmo em nosso país, com enchentes devastadoras
de um lado, estiagens prolongadas de outro e vendavais nunca havidos no Sul do Brasil
que produzem grandes prejuízos em casas e plantações destruídas.
A Terra pode viver sem nós e até
melhor. Nós não podemos viver sem a Terra. Ela é nossa única Casa Comum e não
temos outra. A luta é pela vida, pelo futuro
da humanidade e pela preservação da Mãe Terra. Vamos sim produzir, mas
respeitando o alcance e o limite de cada ecossistema, os ciclos da natureza e
cuidando dos bens e serviços que Mãe Terra gratuita e permanentemente nos dá. E vamos sim salvar a vida,
proteger a Terra e garantir um futuro comum, bom para todos os humanos e para a
toda a comunidade de vida, para as plantas, para os animais, para osdemais
seres da criação. A vida é chamada para a vida e
não para a doença e para morte. Não permitiremos que um Código Florestal mal
intencionado ponha em risco nosso futuro e o futuro de nossos filhos, filhas e
netos. Queremos que eles nos abençoem por aquilo que tivermos feito de bom para
a vida e para a Mãe Terra e não tenham motivos para nos amaldiçoar por aquilo
que deixamos de fazer e podíamos ter feito e não fizemos.
O momento é de resistência, de
denúncia e de exigências de transformações nesse Código que modificado honrará
a vida e alegrará a grande, boa e generosa Mãe Terra. Agora é o momento ds
cidadania popular se manifestar. O poder demana do povo. A Presidenta e os
parlamentares são nossos delegados e nada mais. Se não representarem o bem do
povo e da nação, de nossas riquezas naturais, de nossas florestas, de nossa
fauna e flora, de nossos rios, de nossos
solos e de nossa imensa biodiversidade perderam a legitimidade e o uso do poder
público é usurpação. Temos o direito de buscar o caminho constitucional do
referendo popular. E ai veremos o que o povo brasileiro quer para si, para a
humanidade, para a natureza e para o futuro da Mãe Terra.
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