quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Seca na Amazônia novamente

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A seca que atinge o Amazonas desde o início de agosto já prejudicou cerca de 40 mil famílias. Segundo o governo estadual, dos 62 municípios amazonenses, 25 decretaram situação de emergência. Na última sexta-feira (08), a Defesa Civil reconheceu a situação de emergência em 21 deles.

Os municípios em situação de emergência por causa da estiagem são Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Iça, Tabatinga, Tonantins, Caapiranga, Boca do Acre, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Juruá, Borba, Alvarães, Coari, Fonte Boa, Jutaí, Tefé, Uarin, Beruri, Manacapuru, Itacoatiara, Barreirinha e Parintins.
A ação emergencial de ajuda humanitária aos municípios afetados começou esta semana com o envio de 6 toneladas de alimentos. O chefe de gabinete da prefeitura de Ipixuna, Anísio Saturnino, disse que o transporte fluvial está comprometido em função da seca dos rios. “Os barcos não podem navegar. O transporte só pode ser feito por canoa. Alguns alimentos começam a faltar”, disse. O município (localizado no sudoeste do estado) aguarda a entrega, pela Defesa Civil do estado, de cestas básicas, filtros para água e medicamentos. Muitas pessoas estão sofrendo com problemas intestinais provocados pela má qualidade da água.
A geógrafa e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, disse que a seca que atinge o Amazonas é uma condição climática extraordinária decorrente do fenômeno El Niño (aquecimento das águas do Oceano Pacífico), que ocorreu nos últimos meses de 2009 e deixou reflexos em 2010. “O El Niño de 2009 foi o pior das últimas três décadas e trouxe como consequência as fortes chuvas no Sul e a seca no Norte do país. Sempre quando ocorre um El Niño muito forte existem impactos no ano seguinte”.
Segundo Ane Alencar, a forte estiagem se deu em função também da maior frequência das secas no estado. “Desde 2000, as secas têm sido mais frequentes e mais intensas e a floresta não tem tido tempo de se recuperar”, disse. A temporada de chuvas na Amazônia, de acordo com a pesquisadora do Ipam, deve começar no fim de novembro.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil até o momento não informou que medidas serão tomadas pelo governo federal em relação aos municípios afligidos pela estiagem.
(Fonte: Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate)

Um comentário:

  1. Johanna Bretón. Gestão Patoral ISTA

    ¿Cómo podré colaborar desde donde estoy ante esta situación?

    En los evangelios dice que el Reino comienza desde las cosas pequeñas y sencillas, esta noticia me invita a buscar gestos y actitudes concretas de solidaridad con nuestros hermanos de Amazonas.

    ¿Cuándo he agradecido por tener agua suficiente, para hacer las cosas que necesitan de ella?

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