O documento, que está no site Ecological Buddhism**, propõe diversas mudanças de atitude para enfrentarmos o desafio do aquecimento global e está aberto a assinaturas – até agora já são mais de 5 mil – não apenas da comunidade budista, mas de todos os que estão preocupados com o assunto.
A declaração, cujo título é “A hora de agir é agora” tem o reconhecimento de Dalai Lama, que escreveu uma carta de aprovação às questões colocadas pelo texto budista durante a 14ª COP – Conferência das Partes, da ONU, que aconteceu em dezembro do ano passado, em Poznan, na Polônia.
Dalai Lama afirmou que nossa maior responsabilidade, hoje, se refere ao grande estrago que fizemos ao clima durante o crescimento da civilização humana e chama atenção para a quantidade de eventos climáticos extremos que estamos presenciando nos últimos tempos, como o derretimento sem precedentes do gelo no Ártico e das grandes geleiras do Tibete.
Tanto Dalai Lama quanto a Declaração são claros ao afirmar que a concentração de carbono na atmosfera precisa ser reduzida a 350 ppm, quantidade máxima recomendável pelos cientistas. Atualmente, essa concentração já chega a 387ppm e aumenta cerca de 2 ppm por ano. “É urgente tomar as atitudes corretas para garantir um futuro climático seguro para as próximas gerações de seres humanos e de outras espécies”, escreveu o Lama.
Fonte: Planeta Sustentável
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O exemplo budista merece não apenas ser elogiado, mas seguido.
ResponderExcluirÉ evidente a notável capacidade que as religiões tem de interpelar não só indivíduos , mas populações inteiras. É neste ponto que podem oferecer uma contribuição valiosa:
1- Mobilização: as religiões podem mobilizar amplamente parcelas significativas da humanidade. Imaginemos o alcance de uma mobilização positiva em prol da vida do planeta, da causa ecológica.
2- Ética: o elemento ético é um dos eixos da experiência religiosa. Mover o agir ético em prol de uma lógica da ecologia é outro contributo que as religiões podem dar.
3- Mística: toda atividade de militância, sobretudo diante do conflito e da rotina, tende a gerar o inevitável desgaste. A mesma militância, pela força do ativismo e do pragmatismo, corre o risco de limitar o horizonte de sentido do seu ser e do seu agir. Sob este aspecto a mística remete o militante para a esfera holística, para uma integração mais ampla dos seus empenhos e para uma significação mais radical dos mesmos.