Organizações sociais e ambientais, a CNBB e da senadora Marina Silva, solicitaram formalmente ao presidente que vetasse os artigos na MP que deixariam aberta a porta para a concentração da terra e a destruição da floresta amazônica.
Na semana passada, um estudo publicado na revista “Science”, realizado em mais de 200 municípios na região amazônica, confirmou o que já se sabia por observação empírica. Conforme este trabalho, cuja síntese foi publicada na Folha de São Paulo, o IDH (índice de desenvolvimento Humano) dos municípios estudados teve um elevação real nos primeiros anos em que o pretenso “progresso” chegou na região, devido à exploração madeireira. Houve um aquecimento da economia. Cessada a venda de madeira, veio o ciclo das pastagens para o gado. E depois, decréscimo econômico e a terra devastada e improdutiva. O mais grave é que esse "desenvolvimento" dura apenas de 12 a 16 anos. O IDH volta ao mesmo índice anterior e agora não há mais floresta.
Ora, a exploração predatória da Amazônia é um crime contra o meio ambiente, a biodiversidade e a sustentabilidade. Mesmo que se diga o contrário. É um atentado contra a própria humanidade.
Conforme informações de Brasília, a tendência do presidente Lula é sancionar a MP sem nenhum veto. Ou seja, novamente o governo federal cederá aos interesses do agronegócio, e se mostrará míope em relação ao futuro de nosso planeta. Uma lástima!
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É algo vergonhoso por parte do governo, se de fato ele sancionar esta lei. Esperamos dos nossos representantes conciência sócio-ambiental diferenciada e Lula sabe bem implicação dessa lei, portanto vamos mandar e-mail, vamos constestar... não podemos aceitar esta resolução, pois fere o homem e o meu ambiente.
ResponderExcluirEu tive a oportunidade de morar em Manaus – AM por um período de um ano e lá percorri várias comunidades ribeirinhas e indígenas nos mais diversos trabalhos pastorais e sociais. O que pude observar nesta vasta região foi a biodiversidade de plantas, animais e vegetais com suas mais diversas qualidades e importâncias, sobretudo, no campo da medicina. Por esta riqueza que há, está explicado o sentido da disputa de tantos países pela região amazônica. Os interesses econômicos vão além do cuidado que se deve ter com a biodiversidade, de maneira mais crítica ainda, quando se desmata, ou, se escava para explorar o solo. Uma parte do solo da Amazônia tem uma camada de areia que provoca o calor mais forte na raiz da planta, por isso a dificuldade do reflorestamento. Mesmo que haja o interesse pelo reflorestamento, que é bem difícil na mente de muitos que visam somente o lucro, o tempo é muito mais demorado que na região da Zona da Mata de Minas Gerais por exemplo. Por isso se deve ter maior cuidado com a região, onde a bacia de água doce é considerada a maior do mundo e se o desmatamento vai aumentando, a água vai diminuindo automaticamente. A maior experiência de cuidado com a natureza que já tive, foi com os indígenas, são pessoas que só recolhem da natureza o necessário para sobreviver e na medida em que vão tirando, são colocados outros nos lugares para que futuramente os filhos possam usufruir sem necessidade de recorrer a outras regiões e povos. Precisamos aprender mais com nossos irmãos indígenas.
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