sexta-feira, 25 de setembro de 2009

História das Coisas (novamente)



A pedidos, postamos novamente o vídeo "A história das coisas". A bem da verdade, o título poderia ser outro. Trata-se de uma análise profunda sobre o mecanismo explorador que marca a economia de mercado, na qual estamos submersos. A história das coisas é, na realidade, a história de milhões de pessoas, das plantas, dos animais, do solo e da água, transformados em mercadoria. E você vai se perguntar: E agora? Tem saida? Sugiro que após ver o vídeo você leia neste blog o artigo de F. Capra, ecoalfabetização e sustentabilidade. E deixe sua opinião. Ela é muito importante para nós e para quem visita este blog. Um abraço.
Afonso Murad

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Qual a sua sugestão para a COP-15?

Em dezembro, os países-membro da UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima vão se reunir em Copenhague (Dinamarca) e tentar chegar a um acordo climático global.
Trata-se da COP-15 – a 15ª Conferência das Partes, da ONU - , na qual serão definidos:
1. um consenso sobre o aumento da temperatura do planeta e a concentração de gases de efeito estufa a que estamos dispostos a chegar em prol do desenvolvimento;
2. a responsabilidade de cada país para a redução de emissões de carbono;
3. as medidas de adaptação aos efeitos que certamente sofreremos em função do aquecimento global;
4. a transferência de tecnologia dos países desenvolvidos para os demais para que seja feita a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas
5. a doação de recursos para fundos internacionais e a formatação de mecanismos financeiros de compensação de emissões.
Diversas ONGs e empresas já enviaram suas contribuições ao governo federal dizendo o que gostariam de ver como decisões finais em Copenhague.
E você?
Se pudesse participar desse movimento, que sugestão daria aos negociadores brasileiros para a COP-15 atingir o seu propósito de conter o aquecimento global? Deixe sua sugestão no comentário.
Fonte: Planeta Sustentável

Acompanhe neste blog tudo sobre a 15ª Conferência das Partes.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Esqueceram do desmate do cerrado

Em tempos de mudanças climáticas, de redução de emissões e de propostas para COP-15 - encontro que irá reunir mais de 200 países para discutir políticas e frear o aquecimento global - o Ministério do Meio Ambiente divulgou que a emissão de CO2 do cerrado é igual, em volume, à da Amazônia, cerca de 350 milhões de toneladas por ano.
E tem mais. A degradação do cerrado entre 2002 e 2008 foi o dobro do contabilizado na floresta: ultrapassou 21 mil km, contra 10 mil km. De acordo com o MMA, enquanto a taxa
de desmatamento da Amazônia caiu 50% ao ano, a do cerrado se manteve a mesma, em torno de 1%.
A cultura de soja para exportação e a pecuária extensiva são apontados como grandes vilões, embora o ministro Carlos Minc tenha insinuado que parte da culpa é da gestão passada que se dedicou à Amazônia em detrimento do cerrado. E como vai ser daqui para frente?Segundo o ministro, os números não caracterizam o desmate como legal ou ilegal, mas acredita-se que boa parte do prejuízo ambiental seja legalizado, já que o Código Florestal prevê cerrado que integra a Amazônia Legal seja preservado em 35% e, fora, dela, a reserva legal é de menos de 20%.
A partir desse levantamento, e da constatação de que essas perdas afetam o ciclo hídrico das principais bacias brasileiras, diminuindo a oferta de água, e eliminam algo em torno de 12 mil espécies, o bioma ganhará novos rumos, o PPCerrado - Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento no Bioma Cerrado.
A ideia é monitorar o desmatamento anual do cerrado, via satélite, como já acontece na Amazônia, em um programa realizado em parceria com o Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ainda sem data para entrar em funcionamento. Atualmente, o bioma tem 7,5% do seu território protegido, mas a intenção é chegar a 10%, por meio do aumento do número de áreas de conservação.
Outra ideia do Ministro é transformar o cerrado em patrimônio nacional, como acontece com a Mata Atlântica, o Pantanal, a Amazônia, a Serra do Mar e a Zona Costeira.
Será o suficiente?

Fonte: Planeta Sustentável

*Ministério do Meio Ambiente
*Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
*Foto: Isabel Schimidt

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Declaração budista sobre mudanças climáticas

A espiritualidade budista diz que um dos maiores desafios dos seres humanos é se livrar da ilusão de que somos seres separados uns dos outros, conceito que, aliás, casa muito bem com a ideia de sustentabilidade. “Precisamos nos dar conta de que a Terra é nossa mãe e também nosso lar”, é o que diz a Declaração Budista sobre Mudanças Climáticas*.
O documento, que está no site Ecological Buddhism**, propõe diversas mudanças de atitude para enfrentarmos o desafio do aquecimento global e está aberto a assinaturas – até agora já são mais de 5 mil – não apenas da comunidade budista, mas de todos os que estão preocupados com o assunto.
A declaração, cujo título é “A hora de agir é agora” tem o reconhecimento de Dalai Lama, que escreveu uma carta de aprovação às questões colocadas pelo texto budista durante a 14ª COP – Conferência das Partes, da ONU, que aconteceu em dezembro do ano passado, em Poznan, na Polônia.
Dalai Lama afirmou que nossa maior responsabilidade, hoje, se refere ao grande estrago que fizemos ao clima durante o crescimento da civilização humana e chama atenção para a quantidade de eventos climáticos extremos que estamos presenciando nos últimos tempos, como o derretimento sem precedentes do gelo no Ártico e das grandes geleiras do Tibete.
Tanto Dalai Lama quanto a Declaração são claros ao afirmar que a concentração de carbono na atmosfera precisa ser reduzida a 350 ppm, quantidade máxima recomendável pelos cientistas. Atualmente, essa concentração já chega a 387ppm e aumenta cerca de 2 ppm por ano. “É urgente tomar as atitudes corretas para garantir um futuro climático seguro para as próximas gerações de seres humanos e de outras espécies”, escreveu o Lama.
Fonte: Planeta Sustentável
Leia também:Budismo ecológico

terça-feira, 1 de setembro de 2009

TIC TAC: é hora de agir pelo clima


A Campanha Global de Ações pelo Clima-Brasil, mais conhecida como Campanha TicTacTicTac, reivindica que esse encontro internacional estabeleça um acordo ambicioso e eficiente de redução de emissões de carbono. Pessoas, ONGs, sindicatos e grupos religiosos já aderiram à causa, participando de um abaixo-assinado (assine você também) que pressiona os governos a fazerem uma negociação em Copenhague que seja boa para o planeta e a humanidade.

A expectativa da campanha é de que:
- o acordo garanta que a temperatura não suba mais do que 2ºC e que as emissões globais de gases de efeito estufa comecem a diminuir antes de 2020;
- os países desenvolvidos reduzam suas emissões em pelo menos 45% em relação aos níveis de 1990, até 2020;
- os objetivos estabelecidos para os países em desenvolvimento sejam mensuráveis, verificáveis e reportáveis;
- sejam pensados mecanismos que garantam ajuda dos países ricos aos países em desenvolvimento para a estabilização e redução de suas emissões, bem como para a adaptação às consequências inevitáveis das mudanças climáticas;
- seja aprovada a criação de mecanismos de REDD – Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação Florestal a curto prazo e- haja transformações econômicas e o fortalecimento da democracia, levando-se em conta a sustentabilidade, a dignidade humana e a integridade dos processos ecológicos.
Todas as assinaturas vão para um único banco de dados mundial. Espera-se que haja cerca de 6 milhões até o dia 7 de dezembro, quando começa a COP. Relógios de três metros de altura, movidos a energia solar, serão espalhados a partir de amanhã nas 10 capitais brasileiras para fazer a contagem regressiva até a data.
Duas manifestações de rua estão previstas para movimentar a campanha e chamar a atenção das pessoas. Uma será no dia 21 de setembro, véspera do Dia Mundial sem Carro, e a outra no dia 24 de outubro, com o tema Hora de pensar bem e agir rápido.
Diga sim. Mostre seu apoio agora. Convença os seus amigos, família e vizinhos a fazer o mesmo.
A hora é agora.