quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Conhecer a Laudato Si – Um roteiro para encontros

Afonso Murad

Fonte: capítulo 16 do livro: Cuidar da Casa Comum. Chaves de leitura teológicas e pastorais da Laudato Si. Paulinas, 2016, p.225-235

Seguem algumas sugestões com elementos básicos para encontros de reflexão, partilha e oração, a partir da Laudato Si. Caso não seja viável realizar todos os encontros, escolha alguns deles. A ordem também pode ser alterada, conforme a realidade do grupo.
Sugerimos que um “encontro motivacional” seja realizado em um parque, bosque, área de conservação, ou qualquer outro espaço onde, antes de refletir, as pessoas exercitem seus sentidos (tocar, cheirar, ver, respirar, ouvir), percebendo-se como parte do meio ambiente. Ele visa a aproximar-se do ecossistema com abertura para a admiração e o encanto, deixar falar a língua da fraternidade e da beleza (LS 11). Tal momento para estimular a sensibilidade e o encantamento pode estar associado ao primeiro encontro, ou não. Outra possibilidade consiste em criar um momento especial de celebração no meio do processo ou após terminar os encontros de reflexão.

(1º) Louvado Seja, meu Senhor, por todas as suas criaturas
Finalidade: (a) Agradecer a Deus pela beleza da criação; (b) Tomar conhecimento das motivações da encíclica; a quem ela destina; suas grandes linhas, as convicções centrais, o mapa para percorrê-la (esquema dos capítulos); (c) Compreender porque Francisco de Assis é modelo do cuidado com a casa comum.
Canto: Cântico das Criaturas, de São Francisco
Começo de conversa: Qual a experiência mais forte que você viveu de sentir a beleza da criação?

Textos da Encíclica:
(1) O que é a Encíclica Laudato Si (LS)
- Faz parte do Ensino Social da Igreja. A LS foi escrita “para nos ajudar a reconhecer a grandeza, a urgência e a beleza do desafio que temos pela frente”: cuidar da casa comum, a Terra (LS 15).
- Como Francisco e seus assessores organizaram a encíclica em seis capítulos (LS 15).
- A Terra é para nós como a casa onde habitamos com as outras criaturas, uma irmã com que partilhamos a existência, uma boa mãe que nos acolhe nos seus braços (LS 1). Ela clama contra a violência que lhe provocamos. Esquecemos de que nós mesmos somos parte da Terra (LS 2).
- Francisco faz um grande apelo: unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral (13).
- Eixos que perpassam toda a encíclica: (LS 16).

(2) São Francisco: exemplo do cuidado pelo que é frágil, por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. Aquele que reconhece o planeta como um livro maravilhoso de Deus, que nos fala de sua bondade e beleza (LS 10,11,12).
Síntese: (em duplas, seguido de partilha para todo o grupo) O que você aprendeu no encontro de hoje, e vai levar para sua vida?
Oração final: Cantar novamente o Cântico das criaturas. Continuar o louvor espontaneamente, repetindo um refrão de agradecimento.
Textos complementares para leitura: artigos de L.Boff (pag. 15-23) e F. Aquino Júnior (pag. 24-39), no livro: Cuidar da Casa Comum. Chaves de leitura teológicas e pastorais da Laudato Si. Paulinas.

(2º) O que está acontecendo com a nossa casa
Finalidade: fazer uma resenha das questões socioambientais que devem causar inquietação nos cristãos. Despertar a indignação. “Tomar consciência, ousar transformar em sofrimento pessoal aquilo que acontece ao mundo e, assim, reconhecer a contribuição que cada um lhe pode dar” (LS 18).
Canto: Oremos pela Terra (Padre Zezinho – CD “A vida em nossas mãos” – Paulinas. Disponível no blog: ecologiaefe.blogspot)
Começo de conversa: Há um problema ambiental que você e sua família sentem “na pele”? Qual? Em sua opinião, quais são os principais problemas ambientais da sua cidade? E do nosso país?

Observações:
O capítulo 1 é uma grande síntese das principais questões socioambientais do mundo. Impossível apresentar todos os aspectos numa única reunião de grupo. Seria bom escolher alguns temas, começando por aqueles que atingem mais de perto as pessoas de sua cidade e região. Não necessariamente na ordem proposta pelo documento. O importante é perceber que as questões socioambientais estão interligadas. Pode-se partir da grande questão global (mudanças climáticas), ou de um tema mais próximo, como água e resíduos.
Para grupos com visão profunda e crítica, convém mostrar as raízes dos problemas: o sistema de produção-consumo-descarte do mercado, que rompe com os ciclos de matéria e energia do planeta (LS 22); o poder econômico e financeiro que abandona a ética (LS 56).

Por fim, é bom ressaltar que já existem iniciativas positivas e formas de enfrentar algumas destas questões (LS 58 e 180). Os problemas não podem gerar sensação de impotência ou de indiferença.
Estes temas podem ser abordados em forma de painel, no qual cada pessoa se ocupa de um tema, previamente escolhido, e o apresenta aos outros. Em outros casos, vale convidar pesquisadores ou membros de movimentos socioambientais para partilharem suas lutas em defesa do planeta. Ou ainda recorrer a pequenos vídeos da internet, para provocar a reflexão.

Textos da Encíclica:
Propomos os seguintes tópicos:
- Poluição e resíduos (LS 20-21);
- Mudanças Climáticas e suas consequências (LS 25);
- Água (LS 28);
- Perda da biodiversidade (LS 32);
- Diminuição da qualidade de vida nas cidades (LS 44);
- Desigualdade planetária (LS 48).
- Respostas positivas à crise do planeta (LS 58 e 180)

 Síntese: (em duplas, seguido de partilha para todo o grupo) O que você aprendeu no encontro de hoje, e vai levar para sua vida?
Oração final: Oração pela nossa Terra (Ver: LS 246a)[1]
Textos complementares para leitura: Artigos de Frei Gilvander Moreira (p.197-217) e Frei Rodrigo Peret (p.182-196), no livro: Cuidar da Casa Comum. Chaves de leitura teológicas e pastorais da Laudato Si. Paulinas.

(3º) O Evangelho da Criação
Finalidade: Superar uma concepção literal e estática da origem da Terra. Ampliar a visão cristã sobre a criação e a nossa responsabilidade para com ela. Perceber que a teologia da criação não está somente em Gên 1-2. Ela percorre toda a Bíblia, em estreita relação com a salvação.
Canto: Escolha um Salmo de Louvor com a criação.
Começo de conversa: Levantar com o grupo os textos bíblicos sobre a nossa relação com a Terra. (A pergunta fará a diferença: não somente a respeito dos outros seres - água, solo, ar, plantas, pássaros, animais - , mas sim como eles participam conosco no projeto criador e salvador de Deus).

Textos da Encíclica:
- Narrações da criação: relação do humano com Deus, o próximo e a terra (LS 66).
- Releitura de Gn1 e 2: de dominar para cuidar (LS 67).
- Caim e Abel: a terra clama (LS 70a).
- Noé: tudo está interligado (LS 70b). Basta um homem bom para haver esperança (LS 71a).
- Salmos e o louvor pela criação (LS 72).
- De “natureza” para “criação”: a diferença (LS 76).
- Cada ser é importante. Tudo é carícia de Deus (LS 84).
- Uma comunhão universal: respeito sagrado, amoroso e humilde (LS 89).
- O olhar de Jesus de Nazaré (LS 97-98).
- Cristo glorificado e a Nova Criação (LS 100).

Conclusões:
“Tudo está relacionado e os seres humanos caminham juntos como irmãos e irmãs numa peregrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que nos une também, com terna afeição, ao irmão sol, à irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra” (LS 92b).
Essas convicções da nossa fé, a partir da bíblia, provocam uma conversão ecológica (LS 221).
Síntese: (em duplas, seguido de partilha para todo o grupo) O que você aprendeu no encontro de hoje, e vai levar para sua vida?
Oração final: Cantar outro Salmo de Louvor com a criação. Continuar com uma oração espontânea.
Texto complementar para leitura: artigo de Marcelo Barros, p. 103-114, no livro: Cuidar da Casa Comum. Chaves de leitura teológicas e pastorais da Laudato Si. Paulinas.

(4º) Ecologia integral
Finalidade: Compreender que, segundo a Igreja, a ecologia não é somente um estudo sobre o meio ambiente. A ecologia integral compreende a nossa relação com o meio ambiente, as questões sociais, a economia justa, a cultura, a maneira de viver na cidade e as práticas cotidianas.
Canto: Sal da Terra, de Betto Guedes (Disponível no blog: ecologiaefe.blogspot.com).
Começo de conversa: o que você entende por ecologia? Como este tema aparece na TV, nas revistas e na internet?

Observação:
O capítulo IV da LS reflete sobre a Ecologia integral e seus componentes: ecologia ambiental, econômica e social (LS 138-142), ecologia cultural (LS 143-146), ecologia da vida cotidiana (LS 147-155). Relaciona a ecologia com o conhecido princípio do bem comum e a opção preferencial pelos pobres (LS 156-158). Termina com o apelo de estender o nosso compromisso para com as futuras gerações (LS 159-162).
Como no capítulo III (que não trataremos aqui), papa Francisco utiliza aqui vários termos técnicos, que são familiares aos pesquisadores e aos membros de movimentos socioambientais, mas desconhecidos pelo católico comum. Por exemplo: modelos de desenvolvimento, produção e consumo; impacto ambiental, ecossistemas, uso sustentável, capacidade regenerativa, culturas homogeneizadas, ecologia humana, grandes projetos extrativistas, paisagem urbana, solidariedade intergeracional. Por que usar estas palavras? Para permitir um diálogo real com as pessoas que não fazem parte da Igreja; para ampliar a visão dos cristãos e superar esquemas ingênuos e insuficientes, a fim de que a Boa Nova do Evangelho seja significativa na sociedade contemporânea.

A grande parte dos evangelizadores (leigos/as, religiosas/as, presbíteros e bispos) quando falam em ecologia, tendem a identificá-la simplesmente com “preservação da natureza”. Mas o empenho ecológico não consiste somente em manter intacto algo, mas, sobretudo, em estabelecer processos sustentáveis, que respeitem os ciclos de matéria e energia no planeta. Além disso, a ecologia não diz respeito somente à natureza, compreendida numa visão idealizada e fora de nós. A grande novidade da ecologia contemporânea é a interdependência. Nós, humanos, estamos em constante relação, entre nós mesmos e com a comunidade de vida do planeta, os ecossistemas. Fazemos parte da Terra, mas ao mesmo tempo somos diferentes dos outros seres. Ecologia não é sinônimo de natureza estática, e sim da busca por um planeta habitável para nós e outros seres. Por fim, com a grande concentração de pessoas nas cidades, ganha importância a ecologia urbana, que diz respeito à qualidade da existência humana e de seu meio, especialmente para os mais pobres.

A ecologia integral amplia os horizontes humanos e busca integrar o que a ciência moderna fragmentou: o ser humano com todas as suas relações. Por isso, o Papa usa a feliz expressão: “cuidado da casa comum”. Nesta casa habitamos todos: os seres abióticos (solo, água, ar, energia do sol), os seres vivos nos mais distintos graus (como microorganismos, plantas, animais) e os humanos. Oxalá a visão da ecologia integral penetre nas nossas comunidades e faça parte do nosso horizonte cristão.

Textos da Encíclica:
Como há muitos aspectos neste capítulo, sugerimos apenas alguns. Você e sua equipe podem escolher outros, conforme sua realidade local.
(1)   Ecologia da vida cotidiana das cidades:
- Verdadeiro progresso: melhoria global da qualidade de vida (LS 147).
- Esforços para melhorar o ambiente vizinho. A rede de comunhão e pertença (LS 148-149).
- Cuidado com os espaços comuns e a intervenção na paisagem urbana (LS 151).
- Acesso à moradia e um projeto urbano humanizador (LS 152).
- Transporte particular e transporte público (LS 153).

(2)   Ecologia e vida humana
- Nós fazemos parte do ambiente. Buscamos soluções integrais: ecológicas e sociais (LS 139).
- O bem comum está ligado à promoção social dos mais pobres (LS 158).
- É preciso buscar a qualidade de vida pensando nas novas gerações do presente e do futuro (LS 159 e 162).

Síntese: (em duplas, seguido de partilha para todo o grupo) O que você aprendeu no encontro de hoje, e vai levar para sua vida?
Oração final: Preces de louvor e súplica.
Textos complementares para leitura: artigos de Pedro R. Oliveira (p. 90-102) e Manfredo Oliveira (p.129-145), no livro: Cuidar da Casa Comum. Chaves de leitura teológicas e pastorais da Laudato Si. Paulinas.

(5º) Espiritualidade ecológica
Finalidade: Estimular a conversão ecológica, que suscita novas atitudes pessoais e comunitárias. Descobrir a espiritualidade ecológica e assimilá-la em sua existência.
Canto: Abençoa nossa Terra (Padre Zezinho – CD “A vida em nossas mãos” - Paulinas)
Começo de conversa: Você deve estar fazendo várias descobertas, com a leitura da Laudato Si. Você sentiu algum apelo para mudar sua forma de rezar e de se relacionar com Deus, a partir dos nossos encontros? O papa Francisco fala em “conversão ecológica”. O que você pensa que seja essa “conversão ecológica”?

Textos da Encíclica:
(1) O apelo à conversão ecológica
- A espiritualidade está ligada ao corpo, à natureza e às realidades deste mundo (LS 216).
- Conversão ecológica: deixar emergir, nas relações com o mundo em que vivemos, todas as consequências do encontro com Jesus. Sermos guardiães da criação (LS 217).

(2) Espiritualidade ecológica
- Espiritualidade simultaneamente pessoal e comunitária (LS 218).
- Viver com alegria e simplicidade (LS 222).
- A felicidade com poucas coisas (LS 223).
- Paz interior e equilíbrio de vida (LS 225-226)

(3) Os sacramentos em perspectiva ecológica
- Sacramentos e visão integradora do mundo (LS 235).
- Eucaristia, ato de amor cósmico (LS 236).

Síntese: (em duplas, seguido de partilha para todo o grupo) O que você aprendeu no encontro de hoje, e vai levar para sua vida?
Oração final: Repetir alguma frase da Encíclica, em forma de ação de graças.
Tarefa para o próximo encontro: Cada um(a) pense qual ação coletiva (comunitária) será assumida pela comunidade como forma concreta de atender ao apelo do Papa Francisco na Laudato Si. Por vezes, já existem iniciativas bem sucedidas em sua cidade, que precisam de apoio e colaboração. Procure descobri-las, antes da reunião. Conforme o caso, convidar membros de movimentos socioambientais para participar do próximo encontro.

Textos complementares para leitura: Artigos de Frei Luis Carlos Susin (p.40-51), Frei Betto (p.157-168) e Maria Clara Bingemer (p.169-181), no livro: Cuidar da Casa Comum. Chaves de leitura teológicas e pastorais da Laudato Si. Paulinas.


(6º e 7º) Atitudes individuais e ações coletivas de cuidado com a casa comum
Finalidade: Colocar em prática a mensagem da Encíclica Laudato Si.
Canto: Momento Novo ou outro cântico que estimule a ação conjunta.

Observações
Estes encontros têm caráter prático, concreto. O mais importante é que a comunidade assuma algumas ações coletivas de cuidado com a casa comum, conforme sua realidade local. Embora esteja colocado no final da série, podem ser realizados no meio do processo. As ações comunitárias suscitam consciência e nos permitem fazer uma ligação entre a prática e a teoria. Sugerimos dois encontros, para amadurecer as propostas, escolher as pessoas e organizar as atividades.

Sugestão de método: O animador(a) inicia recolhendo as sugestões dos participantes. Escreve-se ou se projeta tudo o que foi sugerido. Convém distinguir as iniciativas já existentes e as novas propostas. Em seguida, um tempo de cochicho, para escolher as viáveis. Caso haja pessoas convidadas, que representam movimentos existentes, elas devem brevemente colocar o que realizam. Depois, segue-se a discussão em vista da decisão. Por fim, na reunião seguinte, aprofundamento e escolha das opções, com as respectivas pessoas encarregadas e o cronograma de execução.
 Ações comunitárias: Essas são realizadas com a finalidade de efetivamente contribuir para a melhoria da qualidade da vida. Além disso, despertam a consciência para o cuidado com a Casa comum. O papa Francisco insiste que devemos construir juntos uma terra habitável. Quando já existem iniciativas da sociedade civil, devemos nos unir a elas, ou realizar um trabalho de parceria. Se não há nada na cidade, é momento de começar.

Existem no mínimo dois tipos de ações comunitárias: campanhas e processos. As campanhas visam desinstalar as pessoas e mobilizá-las para mudar de atitudes e empreender ações de impacto, durante um tempo fixado. Já os processos são duradouros (embora devam ser avaliados a cada ano, para melhorar ou modificar). Uma campanha pode desembocar num processo. Depende da existência ou não de pessoas na comunidade que assumam a responsabilidade. Tanto as campanhas como os processos devem ser bem preparados, com uma comunicação eficiente, utilizando meios interpessoais e virtuais. Não basta que a proposta seja boa. Ela deve começar bem, para ter futuro. Chegar até as pessoas, onde elas estão. Hoje é necessário unir várias formas e canais de comunicação. Por exemplo: um cartaz inteligente e bonito, afixado em locais por onde as pessoas passam (como a escola e a padaria), abordagem na porta da Igreja, entrevista na rádio da cidade, rede no What’s App, comunidade no Facebook...

Algumas destas iniciativas somente serão duradouras se contarem com a ajuda de voluntários, ambientalistas e pessoas que tragam sua experiência e contribuição técnica. Em outros casos, com o apoio das associações locais e outras igrejas cristãs. Algumas atividades complexas exigem a parceria com o poder público, especialmente a prefeitura. Evite-se a submissão destas iniciativas ao apoio interesseiro de vereadores ou deputados.
O animador(a) deve estudar antes da reunião as propostas viáveis, pesquisar na internet, entrar em contato com pessoas na cidade. Ver as possibilidades e os riscos de cada iniciativa. E estar aberto(a) às propostas que venham do grupo. Seguem algumas sugestões. Você encontrará vários vídeos com experiências detalhadas na internet, que podem servir de inspiração.

Textos da Encíclica:
- Ações individuais: (LS 211 e 212).
- Amor civil e político (LS 228 e 231).

Oração final: Após momento espontâneo de louvor, encerrar com a Oração cristã com a criação (LS 246b).
Texto complementar para leitura: artigo da Marcial Maçaneiro (p. 73-89) no livro: Cuidar da Casa Comum. Chaves de leitura teológicas e pastorais da Laudato Si. Paulinas.




[1]Em um mesmo parágrafo da LS por vezes há assuntos diferentes. Para efeito didático, colocamos a letra (a) ou (b), para indicar que o texto indicado se encontra no início ou no final do tópico citado. Tal letra não existe no documento.

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